Educação integral: como funciona e as vantagens dessa proposta

A cada dia que passa, a discussão sobre a importância da educação integral ganha mais espaço. Mas você sabe o que significa esse conceito?

De modo simples, esse modelo de educação se concentra no desenvolvimento das pessoas a partir de todas as dimensões formativas, integrando o sujeito de forma plena.

Portanto, a educação integral influencia em todo o processo de aprendizagem, incluindo até mesmo aspectos relacionados à avaliação, como a criação de um banco de questões para professores.

Contudo, apesar da discussão sobre o tema, muitos educadores ainda têm dúvidas sobre o conceito e como ele pode ajudá-lo no dia a dia da escola.

Diante disso, o Super Professor preparou este texto com as principais informações sobre a educação integral, suas vantagens e como adaptá-la aos processos de avaliação. Confira!

O que é a educação integral?

A educação integral tem como objetivo central o desenvolvimento do indivíduo em todas as suas esferas formativas, que proporcionam um aprendizado pleno e centrado na pessoa.

Por isso, esse modelo de educação apresenta um viés coletivo, pois envolve toda a sociedade. Assim, educadores, crianças, jovens, famílias, administradores escolares e a comunidade participam do processo.

Com isso, ela garante uma educação mais completa do que os sistemas que contemplam apenas uma dimensão formativa.

Em outras palavras, ela fornece melhores resultados do que a que vemos em uma escola que engloba apenas o desenvolvimento intelectual do aluno, por exemplo.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento de referência para a elaboração de currículos escolares no Brasil, traz uma seção que contempla a formação integral.

Dimensões da educação integral

Em suma, há 5 dimensões da educação integral:

• Intelectual: compreensão das diferentes áreas do conhecimento, englobando uma capacidade de análise crítica sobre as informações, produzindo novos conhecimentos a partir disso;
• Cultural: diz respeito à apreciação das diferentes práticas e costumes sociais, assim como a produção cultural a partir dos conhecimentos adquiridos;
• Física: compreende o conhecimento sobre os cuidados em relação ao corpo, a saúde e a prática de atividades físicas;
• Emocional: abrange os aspectos relacionados à afetividade, ao desenvolvimento de autoconhecimento, da autoconfiança e na compreensão das relações com outras pessoas;
• Social: tem relação com a participação da pessoa na sociedade, no conhecimento das leis e dos deveres do cidadão, além do exercício da cidadania.

Diferença entre formação integral e educação integral 

De modo geral, as pessoas utilizam a educação integral como sinônimo para formação. Contudo, há alguns estudiosos que estabelecem diferenças.

Para estes, a educação integral compreende o período dentro da escola, que envolve uma jornada que pode chegar até 9 horas nesse ambiente, enquanto a formação integral seria o conceito que apresentamos ao longo deste texto.

Todavia, parece mais adequado utilizar o termo “escola em tempo integral” neste caso, tendo em vista que a educação é mais ampla e tem caráter formativo.

Princípios da educação integral

A educação integral se fundamenta em alguns princípios básicos. São eles:

• Currículo integrado focado no contínuo processo de aprendizagem: os conteúdos vistos em sala contemplam todas as dimensões e conversam com os saberes do aluno e da comunidade de forma contínua;
• Ensino centrado nos estudantes: a educação integral reconhece que o projeto pedagógico deve contemplar as necessidades de aprendizagem do aluno, compreendendo o contexto em que ele está inserido;
• Processo democrático de gestão: a comunidade se envolve ativamente no processo em conjunto com as instituições de ensino, desde o planejamento até a avaliação dos resultados;
• Ampliação do tempo: o aumento do período escolar parte da perspectiva de que a média de 4 horas diárias não é suficiente para desenvolver atividades necessárias em todos os níveis formativos;
• Aumento da inclusão: por partir de diferentes perspectivas, a educação integral compreende o aluno com todas as suas diferenças. Portanto, deve-se respeitar  raça, gênero, orientação sexual, deficiência, e assim por diante.

Como pode ver, a educação integral exige uma adaptação das escolas a um método que se contrapõe ao ensino tradicional, o que pode impactar positivamente na gestão de carreiras de professores e outros educadores.

Como adaptar as avaliações para a educação integral?

Para muitos educadores, essa é uma dúvida válida. Afinal, muitos profissionais só se deparam com a educação integral quando entram em uma escola que utiliza o modelo.

Em primeiro lugar, você deve ter em mente que existem diversas maneiras de avaliar um estudante para além da prova. Avaliações orais, por participação e até mesmo a autoavaliação podem ser alternativas válidas.

Por outro lado, também é importante considerar os métodos tradicionais, especialmente porque os vestibulares das universidades brasileiras utilizam esse sistema de avaliação.

Então, você deve preparar o aluno para as principais mudanças do Enem, mas não deve apenas se concentrar nesse aspecto na hora de ensiná-lo. 

Por fim, o investimento na capacitação profissional dos professores é essencial. Com novos treinamentos, os educadores ficam em dia com novos conhecimentos e podem aplicá-los, garantindo assim uma formação de qualidade para os alunos.

Conte com as soluções do Super Professor para uma avaliação de qualidade na educação integral

Um dos elementos cruciais para se ter uma boa educação integral consiste em contar com estratégias diversificadas de avaliação. Dessa forma, se busca compreender a evolução do aluno durante o período escolar.

Por isso, o Super Professor auxilia professores das várias áreas de conhecimento com materiais de todos os tipos, como provas, listas de exercícios e simulados.

A nossa plataforma conta com mais de 175 mil questões atualizadas toda a semana, contribuindo para que cerca de 70 mil professores não tenham problemas na hora de elaborar suas atividades.

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